Sozinha no Hawaii

Hawaii. Sonho de Infância

A infância é uma época incrível em nossa vida. É o momento em que estamos mais propensos às descobertas. Nossa capacidade de nos encantar com o mundo é muito maior nessa fase da vida. E foi nesta fase que me encantei com o Havaí.

Apesar de que para se encantar com o Havaí não precisa ser criança, nem ser mais propenso ao encantamento. As Ilhas deste arquipélago no meio do Pacífico já são um encanto por si mesmas.

Bem! Tenho que falar da infância porque foi nesta época que tive o meu primeiro contato com o sonho Havaí.

Quem se lembra da série “Ilha da Fantasia” protagonizada pelo saudoso Ricardo Montalban (Sr Roark) e Hervé Villechaize (Tatoo)?

Como tantas outras manifestações artísticas na música e na tv, a Ilha da Fantasia foi um ícone da nostálgica década de 80.

E eu adorava o seriado que me transportava para aquele paraíso.

“O avião, o avião”. Era o grito do personagem Tatoo para informar o anfitrião da Ilha, Sr Roark, que os visitantes estavam chegando.

A partir daí se desenrolavam as histórias onde cada personagem tentava resolver seus dramas ou realizar suas fantasias.

Eu era só uma menina na época. E o imaginário se encheu das histórias sobre a tal Ilha onde desejos se realizavam, em meio a paisagens naturais de tirar o fôlego.

Nunca mais pude esquecer aquele lugar. Fiquei obcecada com a ideia de visitar o Havaí. Teria que fazer tudo para estar naquele lugar incrível tão logo quando pudesse.

Sozinha no Hawaii

Planejamento da Viagem

Planejei com todo cuidado aquela que seria a viagem da minha vida. E conto com detalhes as passagens pelas ilhas de Oahu e Big Island.

Fiz uma pesquisa minuciosa quanto aos hotéis e sua localização. Viajei sozinha, como normalmente viajo, e gostaria de ter fácil acesso à Waikiki principalmente.

Uma das mais importantes dicas que dou para as viajantes solo é exatamente sobre o local que resolvem se hospedar em qualquer lugar do planeta. Isso é muito importante pois pode facilitar ou complicar muito a nossa viagem, principalmente se não temos muito tempo em uma cidade.

Eu ficaria 5 dias em Honolulu como base, e dali partiria para conhecer o máximo que pudesse da ilha toda.

Por um problema no meu voo de saída do Brasil perdi um dia na cidade. Imagine então, com um dia a menos, se eu estivesse em um lugar de difícil acesso?

Como escolhi ficar no bairro de Waikiki mesmo, foi possível desfrutar dos melhores atrativos da cidade, e também ter acesso fácil ao transporte público. Isso fez toda a diferença, já que apesar de acreditar estar  preparadíssima para alugar um carro, acabei quebrando a cara. No post sobre a Ilha de Oahu conto a presepada.

Bom. Honolulu tem um trânsito caótico tanto quanto cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Mas a organização e limpeza da cidade me impressionaram. Além do fato do povo ser muito educado e acolhedor, facilitar imensamente a vida de viajante solo.

Achei muito tranquila e segura a cidade para uma mulher circular sozinha, inclusive à noite.

Em Honolulu, use roupa de praia somente de dia, ok?

Tive as informações que precisava fácil em todos os lugares onde precisei perguntar. E olha que sou perguntadeira (essa palavra existe? rs). Mas teve uma situação engraçada. Foi a única vez que não quiseram falar comigo.

Voltava de uma caminhada e banho de mar na praia depois de escurecer e apesar de estar com uma saída de praia muuuito comportada, eu estava andando sozinha, de saída de praia, à noite, nos EUA. Tá certo, Hawaii, surf, sol, praia, descontração… mas é EUA. Americano não está acostumado a voltar da praia 9 horas da noite, como se faz no Rio de Janeiro, por exemplo! Mas foi só depois que eu cheguei no hotel que pensei nessas coisas.

Aliás, era exatamente o hotel que eu estava procurando quando fui fazer a pergunta à uma senhora (tinha entrado numa rua errada). Na hora que disse boa noite e fiz a menção de fazer a pergunta a mulher me fez um sinal negativo e saiu varada. Eu achei muito engraçado na hora. Mas na verdade, foi falha minha tá gente! Tem lugares que a gente se sente tão à vontade, e além de tudo eu estava tão feliz no meu primeiro dia da viagem dos sonhos, que não me dei conta de que devo tomar mais cuidado com os costumes do local. Mesmo que se trate de um local mais descontraído. É claro que nos outros dias, deixei para o dia as roupas do dia, e para a noite as roupas da noite. Ninguém mais me olhou esquisito depois disso, rs.

O que eu vi no Hawaii?

Eu vi quase tudo que queria ver. Sobrevoei o vulcão ativo Kilauea, de Helicóptero aberto, quando pude experimentar uma das maiores emoções da minha vida. Visitei uma das montanhas mais altas do planeta, o Mauna Kea, onde estão localizados importantes observatórios astronômicos, inclusive de outros países, que pesquisam nosso universo. Fiquei sem fôlego duas vezes: pela baixa pressão atmosférica lá no alto; pela beleza indescritível do céu mais estrelado que já vi na vida. Entrei num tubo debaixo da terra construído pela passagem da lava vulcânica. Vi grandes tartarugas caminharem despreocupadas com os olhares encantados de gente que como eu via pela primeira vez areia negra. Vi praias simplesmente paradisíacas, encantadoras como Lanikai, Kailua e Hanauma Bay. Até famosos surfistas se preparando para o grande campeonato mundial Bilabong eu vi em Pipeline.

Assisti uma encenação artística polinésia, o famoso luau havaiano, com direito a comida típica de primeira linha. Conheci uma cidade como Honolulu, que apesar de ter um transito caótico no horário de pico, é dona de uma beleza única. Uma cidade onde o povo é muito acolhedor, onde o transporte público funciona muito bem, inclusive para deficientes. Onde você anda sozinha despreocupada e é tratada com respeito. Onde se come muito bem. Inclusive, um dos meus preferidos drinks tropicais é criação havaiana, o Mai Tai (três tipos de rum, licor de laranja, licor de amêndoas, suco de limão, licor de laranja).

Tive uma noite de sono restauradora em um chalé charmoso quase no meio do nada, em uma pequenina vila chamada Volcano. Imersa na natureza, do lado de um Vulcão, já que a vila era localizada do lado Parque Nacional dos Vulcões, onde visitamos e conhecemos toda a majestade do Kilauea.

Eu vi muita coisa, experimentei muito do que sonhava vivenciar nas ilhas. E me senti tão realizada que resolvi partilhar tudo neste blog.

Veja tudo que eu vi e vivenciei naquele paraíso nas postagens do blog que seguem.

Veja as dicas de hospedagem, passeios, transporte e tudo mais.

Leia mais:

• Havaí. Descobrindo a Ilha de Oahu 
• Havaí. Do mar às Estrelas
• Voo de helicóptero sobre o vulcão Kilauea

Lu Leal