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Cassino do Hotel Planet Holywood

Cassino Hotel Planet Holywood
Cassino do Hotel Aria

Hotel Aria

Interior do Cassino do Hotel Aria
Mulher, Brasileira e sozinha.
Quando eu disse que era uma brasileira que viajava sozinha por opção e estava poucos dias em Las Vegas no retorno dos 15 dias no Hawaii, ele se escandalizou. Ficou me olhando com um ar desconfiado e deixou escapar a pérola “Mas nem eu fui sozinho para o Hawaii”. Foi o suficiente para me vir um monte de coisas à cabeça. A infinidade de pessoas com quem eu converso que não viajam dentro do próprio país, que nem se quer saem de sua própria cidade. Homens ou mulheres, de qualquer idade. Não importa. Na minha família mesmo tem muita gente assim. Como uma simples conversa nos faz pensar em tantas coisas, não é mesmo? De novo, e de novo as mulheres vão sendo desafiadas com os discursos preconceituosos implícitos no papo mais despretensioso. (Até com outras mulheres muitas vezes). Se nem ele, um homem, tinha se aventurado em tão notável feito, como poderia eu viajar sozinha para o Hawaii? E eu fiquei ali, extraindo do âmago toda a paciência que pude encontrar de maneira a poder desprezar a frase limitada e preconceituosa e continuar conversando com ele, tentando explicar que não há mais riscos em se aventurar em uma viagem solo, do que o risco de sermos nós mesmos, em muitos momentos de nossas vidas. Meio sem energia para a conversa que no final ficou extremamente desinteressante quase me desliguei do objetivo principal dele alí, que era obter informações ao meu respeito, e controlar meus gastos e ganhos. Ao menos foi o que me pareceu. Como sei? Pediu meu documento e com os dados anotados me fez um cartão VIP do cassino. Era só eu usar o cartão para inserir os créditos que compraria para os jogos, e também manter ali os créditos que eventualmente ganhasse nas máquinas. Achei aquilo bem esquisito… mas tudo bem. Já tinha me divertido o suficiente por ali. Estava na hora de ir. O fato é que em dois dias em Las Vegas eu tive algumas lições sobre preconceito de gênero que não tinha vivido em outros lugares. Em 15 dias no hawaii, por exemplo, em nenhum momento fui vista como um ET pelo simples fato de ser uma mulher viajando sozinha. Mas é claro! O Hawaii é o paraíso da interação com a natureza, o eden dos espíritos livres. Porque alguém vai se interessar em estereótipos com aquela beleza toda em volta para se ocupar? Las Vegas é um centro urbano regido pelo dinheiro, pelas aparências, com toda a limitação que ambientes assim produzem na cabeça das pessoas.Mas olha eu de novo aqui criticando e talvez não sendo completamente justa com a cidade. É que um outro momento vivido em Vegas me deixaria bem chateada. O tratamento que uma mulher, brasileira e sozinha pode receber em alguns locais (é raro não ser bem tratada, mas acontece) acabou me levando à impressões mais negativas que positivas sobre a cidade de um modo geral. Mas conto com mais detalhes aqui. Leia mais em Mulheres que Viajam Sozinhas e o Preconceito.Por Lu Leal